O mundo do entretenimento adulto enfrenta uma perda dolorosa com o falecimento de Kagney Linn Karter, aos 36 anos, ocorrido na última quinta-feira, 15 de fevereiro, nos Estados Unidos. A trágica notícia foi confirmada na segunda-feira subsequente, deixando uma comunidade inteira em luto.

Fotos: Reprodução, Redes Sociais

Karter, uma figura proeminente na indústria erótica desde meados dos anos 2000, conquistou não só fama nas telas mas também o coração de mais de 740 mil seguidores em suas redes sociais. A causa de sua morte, como informado pelo representante do Departamento de Polícia de Parma e divulgado pelo ‘TMZ’, foi suicídio.

Em resposta à sua partida prematura, amigos próximos da atriz iniciaram uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar Tina, mãe de Kagney, com as despesas do funeral. A campanha já arrecadou cerca de 6 mil dólares dos 8 mil necessários, e qualquer valor adicional será doado a uma instituição de caridade local dedicada ao resgate de animais, uma causa pela qual Kagney era apaixonada.

O falecimento de Kagney Linn Karter reacende um debate crucial sobre os desafios de saúde mental enfrentados por profissionais do entretenimento adulto. “Kagney lutou com problemas de saúde mental ao longo dos anos,” compartilharam amigos na página do GoFundMe, ressaltando sua luta contínua contra adversidades pessoais.

Além de sua carreira em filmes adultos, Karter também se destacava como modelo e dançarina, mostrando um talento versátil que encantava admiradores globalmente.

Este incidente segue as mortes recentes de Jesse Jane e Thaina Fields, também da indústria, e levanta questões sobre a pressão e os estigmas enfrentados por essas profissionais. Um estudo de 2012 no ‘Journal of Sex Research’ sugere que, embora muitas estrelas do conteúdo adulto não demonstrem taxas mais altas de abuso na infância comparadas a outras mulheres, elas tendem a experimentar substâncias ilícitas e iniciar a vida sexual mais cedo.

A indiferença percebida dos agentes e produtores em relação ao bem-estar das atrizes tem sido um tema recorrente de crítica. Lana Rhoades, ex-atriz pornô, mencionou em 2021 as “cicatrizes psicológicas” adquiridas na indústria, incluindo depressão e pensamentos suicidas, e a manipulação por parte dos agentes.

Estrelas brasileiras do conteúdo adulto, como Fabi Thompson e Patricia Kimberly, discutiram os desafios psicológicos enfrentados, especialmente pelas novatas na indústria, mas rejeitaram a noção de uma “epidemia de depressão” como estereótipo injusto.

A triste partida de Kagney Linn Karter serve como um lembrete doloroso da necessidade urgente de diálogo e ação para garantir um ambiente mais seguro e digno para todos os profissionais do entretenimento adulto.